Dieta não combina com Natal
Um convite à consciência alimentar
Jana Gradvohl
O Natal chega e, junto com ele, vem uma enxurrada de emoções — alegria, saudade, cansaço e, para muitas mulheres, uma preocupação. A Culpa por comer, por sair da rotina, por “perder o foco”. Mas é importante lembrar: a relação com a comida não se trata de força de vontade, e sim de conexão consigo mesma.
Por que o Natal desperta tanta ansiedade alimentar
A ceia é o retrato da abundância. E o cérebro humano responde à abundância com prazer — é biológico. O problema não é o panetone nem a rabanada. O problema é o que você pensa que precisa ser para merecer comê-los. Quando passamos o ano inteiro vivendo entre “pode” e “não pode”, o cérebro associa comida a risco, e o risco aciona o sistema de recompensa. Resultado: quanto mais você tenta se controlar, mais forte o impulso de exagerar. Isso não é fraqueza, no caso o cérebro ver como sobrevivência.
Nutrição comportamental: um olhar mais humano sobre o ato de comer
A nutrição comportamental nos ensina que a comida vai muito além de nutrientes — ela carrega afeto, história e significado. Comer é um ato de conexão, não um teste moral! Quando você come com atenção, percebe os sinais de saciedade antes do excesso. Quando come com culpa, o corpo entende o alimento como ameaça e responde com desconforto, ansiedade, retenção (vai para o fisico) e fadiga.
Dieta restritiva no Natal ativa um circuito chamado modo de defesa metabólica: Aumenta o cortisol (hormônio do estresse);Reduz serotonina e dopamina (regulação emocional); Eleva o desejo por alimentos de alto prazer imediato (açúcares, gorduras, álcool).
Esse mecanismo explica por que a maioria das pessoas “exagera” nas festas — o corpo está apenas respondendo à privação.
Natal: o convite à reconexão
O Natal é uma oportunidade de quebrar esse ciclo. De olhar para o alimento sem medo.
De reconhecer que estar bem com a comida é uma forma de estar bem com a vida. É o momento de trocar o verbo “controlar” por “observar”. Em vez de calcular calorias, sentir.
Em vez de evitar o prazer, observar as necessidades internas. Quando o corpo se sente em paz, o metabolismo trabalha a favor — não contra você!
Exercício de consciência alimentar para o Natal
Durante a sua próxima refeição — pode ser a ceia ou uma confraternização — pratique o seguinte:
1. Respire antes de começar. Três respirações lentas, apenas para sair do modo automático
2. Observe o prato. Note as cores, texturas e aromas. Reconheça o trabalho, a tradição, a história que aquele alimento carrega.
3. Coma com presença. Sinta o sabor, perceba o ponto de prazer em cada garfada. Quando a satisfação chegar, pare — mesmo que ainda haja comida no prato.
4. Depois, observe como o corpo responde. Há leveza ou preocupação? Calor? Gratidão ou medo? Comer bem é sentir-se bem — e isso não vem de regras, vem de percepção.
O Natal não é um inimigo da sua saúde — ele é um lembrete de abundância, de encontro, de pausa. E se você conseguir passar por ele em paz com a comida, já estará reconstruindo o comportamento que sustentará o seu bem-estar o ano todo. O segredo não está em comer menos — está em comer com consciência.
Boas festas e se precisar de ajuda com isso entre em contato e marque sua consulta! Eu sei como te ajudar.
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